SaaS, PaaS e IaaS: quais as diferenças e semelhanças entre cada um?

Ricardo Acras

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O investimento na nuvem começa com a escolha entre modelos de infraestrutura e serviços como o IaaS, SaaS PaaS. É preciso conhecer o serviço que será utilizado, suas limitações e seus pontos fortes. Portanto, o gestor deve estar atento às opções para definir qual melhor atende suas necessidades.

Se você quer entender as diferenças e semelhanças entre os modelos IaaS, SaaS e PaaS e como o uso de cada um afeta a usabilidade dos seus serviços de cloud computing, veja o nosso post de hoje!

O que é o SaaS?

Sigla para Software como Serviço, esse é o modelo de cloud computing em que o prestador de serviços fornece o acesso a um sistema ou recursos de um software. Isso pode ser feito diretamente via web ou com APIs que integram a aplicação desktop (ou mobile) a uma infraestrutura de nuvem.

Geralmente o modelo utilizado é o de assinaturas. Elas podem ter um valor que muda conforme o número de recursos ou de usuários ativos.

Não há necessidade de gerenciar upgrades de infraestrutura ou de software. Todos esses processos são feitos pelo prestador de serviços. Além disso, os dados mais relevantes são alocados na nuvem, o que permite o acesso da ferramenta em qualquer local do planeta.

O que é o PaaS?

Na Plataforma como Serviço a empresa contrata o acesso a um ambiente de cloud computing para desenvolver, gerenciar, distribuir e testar aplicativos. Cada plano terá um conjunto de recursos computacionais (com ou sem ferramentas pré-configuradas) para criar aplicações personalizadas conforme a necessidade.

O PaaS é um modelo com forte presença em empresas de desenvolvimento de software. Ele torna o trabalho colaborativo mais simples, melhora o foco nos processos de criação de softwares (uma vez que a gestão da infraestrutura deixa de ser uma preocupação) e deixa a rotina de trabalho mais funcional.

O que é o IaaS?

Na Infraestrutura como Serviço a empresa contrata o acesso a uma infraestrutura sem que existam aplicações pré-instaladas. Em outras palavras, o negócio terá o acesso a recursos computacionais (como espaço de armazenamento, gateways de rede e poder de processamento) personalizados conforme o seu perfil de uso.

Esse tipo de infraestrutura é voltado para companhias que pretendem migrar soluções internas para um ambiente de cloud computing. Nesse caso, todos os processos relacionados à gestão de softwares são feitos pela companhia. O prestador de serviços fica responsável apenas pela gestão da infraestrutura física que hospeda os dados.

Quais são as vantagens de usar a nuvem no ambiente corporativo?

A adoção da computação na nuvem dentro do ambiente corporativo traz várias vantagens para o negócio. Os benefícios, em conjunto, tornam a companhia mais competitiva e capaz de atingir seus objetivos de médio e longo prazo. Isso será feito com serviços mais flexíveis, maior mobilidade e confiabilidade.

Entre as vantagens relacionadas a essa tecnologia, podemos apontar:

Maior mobilidade

A mobilidade é uma das principais razões para que várias empresas adotem a nuvem. Com a disponibilização de serviços de TI em ambientes de cloud computing, negócios podem implementar políticas de trabalho remoto, como as de home office, sem comprometer a qualidade dos serviços.

Os profissionais terão acesso a todos os recursos necessários para executar suas funções com segurança. Assim, a empresa poderá evitar que tais processos comprometam a sua capacidade de atuar de modo estratégico em cenários desafiantes.

Redução de custos

A redução de custos também é um dos principais motivos para as empresas adotarem a nuvem. No cenário atual, em que a eliminação de desperdícios é um fator-chave para o sucesso de muitas companhias, esse é um item de destaque.

A nuvem elimina boa parte das despesas ao ter um custo de manutenção diretamente correspondente à infraestrutura utilizada, e não àquela que está disponível para uso.

No caso do SaaS, por exemplo, isso pode ser tanto o número de recursos contratados (como acontece em aplicações de cloud storage) quanto o número de usuários ativos em uma ferramenta (como ocorre em vários sistemas de gestão corporativa).

Ou seja, pagando apenas por aquilo que a companhia está de fato utilizando, muitos gastos são cortados. Isso permitirá que novos investimentos sejam realizados e que a lucratividade seja mantida mesmo em momentos de crise.

Ganho de escalabilidade

Um dos fatores que definem a competitividade de um negócio é sua escalabilidade. Quanto mais escalável o empreendimento é, ou seja, quanto maior a sua capacidade de diminuir ou aumentar os recursos disponíveis, menor é o tempo necessário para atender às demandas de clientes e parceiros comerciais.

Tanto no IaaS quanto no SaaS e no PaaS, a quantidade de recursos disponíveis pode ser modificada a qualquer momento. Com alguns cliques, o gestor consegue ampliar recursos como capacidade de processar ou de armazenar informações.

Se o negócio faz o licenciamento de uma aplicação que emite notas fiscais eletrônicas na nuvem, por exemplo, isso será um fator-chave. A empresa terá como garantir que seus usuários tenham uma plataforma com alto nível de disponibilidade mesmo durante os períodos de alta venda, impedindo que problemas ocorram.

Gestão simplificada

A gestão na nuvem também é simplificada. A empresa terá um mecanismo centralizado para controlar todos os seus serviços de TI, como políticas de segurança e privilégios de contas de usuário. Já a manutenção da infraestrutura será feita pelo prestador de serviços.

Com configurações internas gerenciadas rapidamente e rotinas de manutenção executadas por especialistas, o negócio terá mais recursos direcionáveis para os seus clientes. Consequentemente, a qualidade dos serviços crescerá.

A computação na nuvem já faz parte da rotina de várias pessoas, diretamente ou indiretamente. Essa tecnologia reduziu custos, melhorou o fluxo de trabalho em diferentes locais e permitiu que negócios se colocassem em uma nova posição, aumentando a flexibilidade e criando serviços mais inteligentes.

Escolhendo entre IaaS, SaaS PaaS, o negócio conseguirá definir um modelo de serviços mais alinhado com suas necessidades e demandas. As aplicações apresentarão melhor performance, menos erros e maior disponibilidade. Além disso, a gestão inteligente dos recursos otimizará a experiência de uso, criando um ambiente de trabalho eficiente e de qualidade.

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Ricardo Acras

20+ anos de experiência como desenvolvedor. Fundador e atual CEO do Focus NFe.

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