Opt-In: qual a importância para a LGPD

Welker Zigante

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Conheça o recurso opt-in e saiba como ele se relaciona com a legislação de dados

Com a popularização das estratégias de marketing digital que buscam atrair os consumidores e gerar relacionamento, a gestão de dados pessoais dos possíveis clientes começou a chamar atenção. 

Entre as diversas funcionalidades que podemos observar nos softwares de automação de marketing, o opt-in é uma das mais importantes no sentido de contribuir com a proteção de dados. 

Podemos afirmar isso pois a configuração desse recurso afeta tanto na qualidade dos dados gerados quanto na adequação da empresa à legislação de dados.

Neste artigo, vamos entender o que é o opt-in, quais os seus tipos e como o seu uso contribui com o cumprimento da LGPD.

Vamos lá?

O que é opt-in

Opt in é um recurso de verificação dos sistemas de gestão de contatos que possibilita ao usuário confirmar se tem ou não interesse em receber conteúdos da empresa.

Em geral, é aplicado para verificação de e-mails. Recentemente também tem sido usado para Whatsapp, dada a popularização deste canal.

A LGPD

A necessidade de se desenvolver uma legislação específica para proteção de dados se tornou mais evidente depois de alguns escândalos envolvendo vazamentos de informações.

Além disso, a popularização do uso da estratégia de Inbound Marketing também influenciou para que fosse necessário ter mais atenção ao 

Mas então qual é a relação da LGPD e o opt-in?

Tipos de opt in e a LGPD

As ferramentas de automação de marketing existentes hoje no mercado oferecem mais de um tipo de opt-in. Cada um tem prós e contras, e um deles é o mais indicado para estar adequado à LGPD. 

Vejamos a seguir.

Soft Opt in 

Esse é o modelo mais simples mas também o mais arriscado para se utilizar.

É simples pois permite que os dados sejam inclusos automaticamente em uma lista de e-mail, sem dar trabalho extra ao público.

Contudo, a forma como esses dados serão usados acaba ficando subentendida, não deixando claro para o usuário como será ou nem lhe dando a opção de negar o uso para outras funções. Isso fere as diretrizes propostas pela LGPD e pode causar problemas. Por isso, não é indicado.

Single Opt in 

O single opt-in é uma forma de aplicar uma validação de consentimento da parte do usuário para receber informações da empresa. 

Geralmente é feito por meio de um checkbox, onde é solicitado que o usuário selecione caso tenha interesse em receber informações da empresa.

Ainda que já esteja alinhada com a LGPD, essa forma ainda não garante que os e-mails coletados sejam validados. Dessa forma, corre-se o risco de arrecadar dados falhos.

Double Opt in 

Por fim, o double opt-in (ou dupla confirmação) é o método de validação onde o usuário cadastra o seu e-mail e recebe um e-mail para confirmar sua inscrição.

Com esse método, é possível confirmar tanto o consentimento do usuário como garantir que os e-mails selecionados sejam filtrados com qualidade.

Melhores práticas de opt-in

Como é de se imaginar, o double opt-in é a estratégia mais indicada para o gerenciamento de uma base de e-mails. Isso se deve ao nível de qualidade  e segurança que esse sistema oferece.

É preciso sempre se lembrar que a estratégia de Inbound funciona bem quando se considera que são pessoas reais interagindo com o seu conteúdo. Por mais óbvio que isso soe, muitas vezes as estratégias são definidas de forma tão mecânica que acabam afastando possíveis interessados.

O double opt-in garante a verificação do dado e já realiza uma qualificação dos contatos. No caso do single ou do soft opt in, essa qualificação pode até ser feita posteriormente, mas em muitos casos é apenas deixada de lado. Isso é bastante arriscado, por dois motivos principais.

Os problemas do soft e single opt-in

Primeiro, pelo fato de que o público não estará claramente escolhendo a forma como seus dados serão usados. Além disso, existe uma questão técnica que pode impactar na entrega dos e-mails.

Quando você envia um e-mail para um endereço inativo ou inexistente, você corre o risco de ser categorizado como uma fonte arriscada pelo provedor de e-mail que recebe (Hotmail, Gmail, Yahoo, etc).

Isso acontece pois esses e-mails inativos/inexistentes podem ser usados pelos provedores como spam traps (armadilhas para identificar spam). Dessa forma, o filtro das caixas de entrada pode acabar enviando o seu e-mail para as abas menos importantes ou até mesmo para a caixa de spam. 

Portanto, é válido tomar esses cuidados e, na medida do possível, sempre optar pelo double opt-in.

Conheça mais sobre LGPD: LGPD para SaaS – como a lei atinge os negócios e seus clientes

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Welker é Consultor de Vendas no Focus NFe e Web Designer nas horas vagas.

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