ISSQN: como funciona, como calcular e quem deve pagar

Ludmila Ferreira

Conteúdo

O ISSQN é um dos tributos que empreendedores e infoprodutores precisam estar atentos na hora de manter as obrigações fiscais em dia. 

Saber como funciona, quem deve pagar e como calcular, é essencial para que a contabilidade da empresa permaneça saudável, especialmente no início do negócio.

Por isso, no artigo de hoje vamos te contar o que é ISSQN e como lidar com esse tributo.

Boa leitura!

O que é ISSQN

O ISSQN é o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza e também pode ser reconhecido como ISS. É um tributo cobrado por municípios e pelo Distrito Federal e é destinado aos respectivos cofres públicos.

Tornou-se essencial por estar incluso em diversas operações que geram a cobrança desse imposto, incidindo em prestações de serviços com regras subordinadas à Lei Complementar 116/2003 e à Lei 11.438/1997.

Por se tratar de um tributo municipal, as regras e alíquotas variam de uma cidade para outra. Logo é preciso estar atento a legislação de cada município. 

Quem deve pagar ISSQN

Quase todas as empresas e profissionais da área de prestação de serviços devem pagar esse tributo. Porém há algumas exceções quando se tratam de serviços prestados no exterior.

Vale ressaltar que cada município possui uma regra, o que significa que mesmo que você ofereça um serviço, não necessariamente terá que pagar o ISSQN. Isso porque alguns locais desenvolvem atividades isentas de ISS.

Confira a lista completa das atividades com incidência de impostos na Lei Complementar 116/2003.

Modalidades de tributação

Conforme a modalidade da empresa ou da prestação de serviço, a tributação pode variar. Vejamos caso a caso:

Microempreendedor Individual (MEI)

Para aqueles que se enquadram nessa categoria, o pagamento do ISSQN é obrigatório e é inserido automaticamente na taxa mensal que a pessoa jurídica paga.

Assim o MEI não precisa calcular, apenas deve seguir os critérios do município quando paga a taxa mensal de PJ com o ISS embutido.

Entretanto, para empresas prestadoras de serviço o valor mensal é de R$51,85, que contempla várias obrigações tributárias.

Autônomo

No caso dos profissionais autônomos, o ISSQN só deve ser pago quando um serviço for feito. De maneira que o profissional deve emitir a nota fiscal da prefeitura da cidade que reside para recolher o Imposto Sobre Serviço.

Simples Nacional

Os optantes do Simples Nacional também pagam esse tributo em conjunto com outros impostos do Documento de Arrecadação do Simples Nacional ou DAS. 

Com uma alíquota única, o cálculo é feito diretamente em sua própria receita anual. E para impostos retidos na fonte, o tomador do serviço é quem faz o recolhimento.

Outras empresas

Para empresas que porventura são optantes de outros regimes tributários como o Lucro Real ou o Lucro Presumido, o ISSQN deve ser pago de forma individual a cada serviço prestado.

Como calcular o ISSQN?

Em primeiro lugar, para calcular o ISSQN é preciso consultar a legislação do município do prestador de serviços. 

Em seguida, verifique a alíquota de cada serviço no seu município, que deve começar em 2% e não pode ultrapassar os 5% segundo determinações da União.

Na sequência, verifique o valor do serviço em que incidirá o ISS e a alíquota aplicada à atividade e natureza da empresa. Com essas informações, é possível calcular o ISS usando a seguinte fórmula: 

Preço do serviço X Alíquota praticada = Valor do ISS do serviço

Por exemplo, imaginemos que um serviço custa R$200,00 e a alíquota que incide sobre ele é de 5%. O cálculo seria o seguinte: R$ 200,00 X 5% = R$ 10,00.

Logo esses R$10,00 reais devem ser recolhidos para o município a título de ISS.

O que acontece se esse imposto não for recolhido?

Caso a empresa ou profissional não pagar o ISSQN quando este for obrigatório, vai se tornar irregular junto à prefeitura e não poderá retirar certidões negativas e participar em licitações. Ficando sujeita a autuação e a cobrança de impostos que podem vir com multas e juros.

O ideal é manter-se atento aos pagamentos e ficar com as obrigações fiscais em dia. 

Simplifique sua gestão de documentos fiscais com a Focus NFe

Somos um ecossistema de soluções para a emissão e gestão de documentos fiscais, permitindo que empresas dos mais diversos portes e segmentos ganhem mais tempo para focar no que importa.

Sua empresa possui desenvolvedores, sistema interno e quer otimizar a emissão de notas? Conheça nosso conjunto de APIs para emissão de documentos fiscais!

Converse já com a nossa equipe!

Picture of Ludmila Ferreira

Ludmila Ferreira

Assistente comercial e marketing na Focus NFe. Apaixonada por vôlei, música e livros.

Inscreva-se em nossa newsletter​

Receba nossos conteúdos exclusivos em primeira mão.

Explore outros conteúdos:

caminhões em fila na estrada
CTe
Egon Hilgenstieler

CTe: Qual sua função e como emitir?

O CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico) é um documento fiscal digital utilizado por empresas que realizam serviços de transporte de cargas no Brasil. Sua emissão é obrigatória e tem como principal objetivo promover a segurança das cargas e otimizar a fiscalização.

No artigo de hoje explicamos o que é CTe, quais são as suas vantagens, diferenças em relação a outros documentos, assim como emitir e realizar operações corretamente. Confira!

Leia mais »
Contabilidade
Ricardo Acras

Entenda as formas de classificação fiscal para emissão de NF-e

A classificação fiscal serve para identificar mercadorias em vista de uma organização otimizada nos processos de produção, comercialização, importação e exportação. Por meio de uma série de códigos, os produtos são categorizados de acordo com suas características físicas, químicas, econômicas e de uso. Esse sistema é utilizado por governos em todo o mundo para fins de tributação, comércio exterior e estatísticas.

Logo, para garantir a emissão correta da Nota Fiscal Eletrônica (NFe), é essencial entender quais são os códigos exigidos e suas especificações. Acompanhe o artigo de hoje e fique por dentro desse assunto.

Leia mais »
Nota fiscal denegada
Documentos fiscais
Luciano Romaniecki

Nota denegada: o que é, quando acontece e como evitar

A denegação da Nota Fiscal Eletrônica era um o processo em que a Secretaria de Fazenda (SEFAZ) denegava a nota, não autorizando a realização das operações na qual ela se referia, por conta de irregularidades fiscais nos cadastros do emitente ou do destinatário.

No entanto, houve mudanças a respeito desse tema. Basicamente, o processo de denegação é eliminado para a NF-e (modelo 55) e é substituído pelo procedimento de rejeição.

Logo, é necessário que as empresas adaptem as suas operações fiscais. A seguir, trazemos tudo o que mudou e como se deve proceder no caso de sua nota fiscal ser rejeitada.

Leia mais »