O que é e pra que serve JSON?

João Vallim

Conteúdo

No post de hoje iremos falar sobre o JSON (JavaScript Object Notation), um formato leve de troca de informações/dados entre sistemas. Representa muito bem as novas tendências tecnológicas, por ser fácil de ler e escrever, totalmente baseado em texto, e independe da linguagem de programação.

Uma dúvida comum, baseada no próprio significado da sigla JSON, é se somente poderíamos usar com JavaScript. Será? Na verdade não é bem assim. Por ser simples, é conveniente que seja comparado a algo mais complexo e assim poderemos entender essa simplicidade.

Por exemplo, comparar o JSON com o formato XML. Abaixo falaremos mais sobre o assunto. Veja!

As vantagens do JSON

Podemos listar algumas vantagens do JavaScript Object Notation:

Leitura mais simples

Analisador (parsing) mais fácil

Suporta objetos

Velocidade maior na execução e transporte de dados

Arquivo com tamanho reduzido

Estes são alguns dos benefícios apresentados pelo JSON. Para se ter ideia de sua relevância, é utilizado por grandes empresas como Google, Facebook, Yahoo! e Twitter.

E estrutura do formato

Os dados contidos em um arquivo no formato JSON devem ser estruturados através de uma coleção de pares, com nome e valor, ou ser uma lista ordenada de valores. Seus elementos devem conter:

chave: é o identificador do conteúdo e, por isso, deve ser uma string delimitada por aspas

valor: é o conteúdo correspondente e pode conter os tipos de dados string, array, object, number, boolean ou null

Para que serve o modelo JSON?

A transferência de dados entre aplicações é feita por meio de API (Application Programming Interface) que, entre outros formatos, utiliza a notação JSON para estruturar as informações trafegadas.

O formato JSON também é utilizado para a realização de requisições AJAX em sites, em que são feitas diferentes interações com o banco de dados, como o MySql, para realizar operações como consulta, inclusão e exclusão de registros.

Outra forma de utilização de arquivos .json é para o gerenciamento de projetos em diferentes linguagens de programação. O Node.js, por exemplo, utiliza um arquivo chamado package.json em seus projetos para armazenar as dependências utilizadas na aplicação.

As diferenças entre .json e .xml

Os arquivos no formato .json contêm algumas características específicas que tornam essa especificação mais atraente para a utilização em aplicações que consomem dados de outros sistemas.

Outro formato utilizado para a troca de dados entre aplicações é o XML (eXtensible Markup Language). Apesar de também ser um arquivo de texto, existem algumas diferenças entre os dois modelos. Confira as principais!

Notação

A diferença inicial dos dois modelos é a maneira de realizar a notação dos dados. Como já dito, o JSON usa uma notação simples, enquanto o XML uma estrutura de tags personalizadas para representar os objetos. Além disso, elas devem conter o par, ou seja, a tag de abertura e a de fechamento.

Outra característica da notação XML é que o seu conteúdo não precisa ser delimitado com aspas, como acontece com os textos no formato JSON. Nele, o que indica o início e o fim das informações são as tags de abertura e fechamento.

Tipos de dados

O formato XML suporta diferentes tipos de dados, como imagens e gráficos –o que não é possível transmitir no formato JSON, uma vez que ele apenas oferece suporte a números e textos. Em contrapartida, o XML não oferece suporte a arrays.

Codificação

A codificação representa as formas de conversão para o formato binário suportadas pelo modelo. O JSON utiliza o formato UTF-8, enquanto o XML oferece essa e outras opções. Importante frisar que o UTF-8 é o formato mais utilizado em sites na internet.

Facilidade de leitura e comentários

Os arquivos em formato JSON são fáceis de entender, já que a estrutura e notação são bem simples. Já o XML é mais estruturado e com a interpretação mais complexa. Outra diferença é com relação aos comentários no arquivo, que são permitidos apenas no modelo XML.

Onde posso utilizar o JSON?

O arquivo .json pode ser utilizado para diferentes finalidades. Uma delas é serializar e transmitir dados estruturados. O JSON também é indicado para os aplicativos móveis, nos quais é preciso requisitar dados em um servidor e utilizá-los rapidamente na aplicação.

Conforme mencionado, o JSON é muito utilizado em requisições AJAX para aplicações web e resolver o problema de domínio cruzado. Além disso, é usado como arquivo de configuração para armazenar dados que são verificados em tempo de utilização da aplicação.

Conheça mais sobre o conjunto de APIs de integração simples e rápida no site do Focus NFe. Acesse https://focusnfe.com.br!

Picture of João Vallim

João Vallim

Analista de marketing, nerd, videomaker e fotógrafo nas horas vagas.

Inscreva-se em nossa newsletter​

Receba nossos conteúdos exclusivos em primeira mão.

Explore outros conteúdos:

Mesa com calculadora, papéis e notebook
CTe
João Vallim

Documentos fiscais: tipos, importância e como automatizar

Existem diversos documentos fiscais que fazem parte da rotina de uma empresa. Muitos são obrigatórios por lei, independente do porte da organização.

Manter-se atualizado sobre quais são os tipos de documentos e a importância de cada um torna possível uma boa saúde fiscal e uma melhor gestão empresarial. Além disso, permite implementar formas otimizadas de automação.

Leia mais »
Nota Técnica 2024.001 (NFe, NFCe e CRT 4): regras de validação
NFCe
Junior Muniz

Nota Técnica 2024.001 (NFe, NFCe e CRT 4): regras de validação

Em abril de 2024, foi lançada a versão 1.00 da Nota Técnica 2024.001, com impactos para a Nota Fiscal Eletrônica – modelo 55 e a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica – modelo 65.

Basicamente, são implementadas mudanças de validação para que os Microempreendedores Individuais (MEIs) tenham direito à emissão de NF-e e/ou NFC-e pela utilização do código de regime tributário (CRT) “4 – Simples Nacional – Microempreendedor Individual – MEI”, previstas no Convênio S/N de 1970.

Além disso, está eliminado o processo de denegação para a NF-e modelo 55 e são apresentados os Códigos Fiscal de Operações e Prestações (CFOPs) que os MEIs podem passar a utilizar em suas emissões. Mais alterações são mudanças em regras de validação específicas, com finalidades distintas.

Confira todas as mudanças a seguir.

Leia mais »
NFCe
Luciano Romaniecki

Nota Técnica 2024.002 da NFe e NFCe

A Nota Técnica 2024.002 trata de adaptações necessárias nos sistemas de emissão de Documentos Fiscais Eletrônicos (DF-e), a exemplo da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e), a fim de englobar mudanças introduzidas pela Reforma Tributária do Consumo, além do Evento de Conciliação Financeira (ECONF). 

No texto de hoje, trazemos as mudanças da Nota Técnica 2024.002 da NF-e e NFC-e.

Leia mais »